O objetivo primordial do tratamento é a remoção completa do tumor aliada à máxima preservação tecidual, para um melhor resultado funcional e cosmético. O tratamento mais eficaz para qualquer tipo de câncer de pele é a cirurgia, pois traz os índices de cura mais altos. Há situações, porém, que a cirurgia não é indicada por causa das condições clínicas do paciente. Vejamos as opções:
CIRURGIA CONVENCIONAL: A excisão do tumor é feita com um bisturi. Retira-se o tumor e também uma ampla margem de segurança de pele aparentemente saudável, cujo tamanho varia conforme o tipo de câncer. Essa pele nao cancerosa que é retirada minimiza bastante o risco de recidiva do tumor. Após a retirada da lesão, realiza-se o fechamento da ferida por pontos. Por vezes é necessário realizar um enxerto, ou seja, retirarmos pele de outro local do corpo para o fechamento da ferida.
CIRURGIA DE MOHS: O cirurgião remove o tumor com uma mínima margem de segurança. Imediatamente após a retirada, ele analisa essa margem em um microscópio, enquanto o paciente espera. Após confirmação de que todas as margens estão livres do tumor, o médico retorna ao paciente e realiza o fechamento da ferida. Essa técnica preserva a maior quantidade de tecido saudável, e tem a maior taxa de cura. LEIA MAIS SOBRE CIRURGIA MICROGRAFICA
TERAPIA FOTODINÂMICA: é uma reação química ativada por luz que destrói o tumor. Entenda: inicialmente, aplica-se a substância fotossensibilizante - uma pomada - sobre a área a ser tratada. Após cerca de três horas, o paciente fica exposto por alguns minutos a uma fonte de luz de comprimento de onda específico, que reage com a pomada e causa a destruição das células tumorais. O procedimento pode ser doloroso e causa irritação local na pele.
IMUNOMODULADORES TÓPICOS: uma pomada é aplicada no tumor, e suas propriedades acabam por estimular o sistema imunológico do próprio organismo a destruir as células cancerosas. Também podem ser dolorosos, causar irritação e coceira.
CRIOTERAPIA: O princípio consiste em aplicar nitrogênio líquido a uma temperatura de aproximadamente menos 98oC no tumor, o que causa a congelação e posterior morte das células cancerosas. Ao provocar a queimadura pelo frio, pode ser dolorosa e causar irritação com bolhas na pele. A ferida resultante pode demorar para fechar e também gerar cicatrizes.
RADIOTERAPIA: Os raios-X provocam a morte das células tumorais, porém acabam irritando a pele adjacente. São necessárias várias sessões, por algumas semanas. Deve ser evitada em jovens pelo risco da radiação a longo prazo. Geralmente utilizada como complemento da cirurgia em tumores mais agressivos, ou que se espalharam para os linfonodos. Pode ser usada antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor ou pós-operatório para evitar recidivas.
CURETAGEM E ELETROCOAGULAÇÃO: O médico raspa a pele com uma cureta e depois utiliza uma caneta de eletrocauterização cuja ponta emite calor, que destrói o tumor e controla o sangramento. O procedimento pode ser repetido duas ou mais vezes. Geralmente, forma-se uma cicatriz esbranquiçada no local.
VOCÊ SABIA? A desvantagem de todos os tratamentos alternativos à cirurgia (crioterapia, terapia fotodinâmica, imunomoduladores, curetagem com eletrocoagulação) é de não oferecer confirmação microscópica se o tumor foi totalmente removido. Outra limitação é a dificuldade de destruir as células mais profundas do tumor. Por isso, essas técnicas são mais usadas em múltiplos carcinomas superficiais e em ceratoses actínicas, que são consideradas lesões pré-cancerosas (o que é uma ceratose actínica?)