Lesões pré-cancerosas

São lesões provocadas pelo dano solar de longa data. Embora a minoria possa evoluir para um câncer de pele, não devem ser negligenciadas. O tratamento é fundamental.

A) Ceratose Actínica

Ceratose (ou queratose) actínica é uma lesão vermelha e escamosa que surge com mais frequência em áreas fotoexpostas - rosto, orelhas, dorso das mãos, antebraço, ombros, colo, couro cabeludo de pessoas calvas ou em outras áreas do corpo expostas ao sol. Inicialmente, as lesões são pequenas, e normalmente é mais fácil reconhecê-las pelo tato, onde conseguimos sentir a lesão descamativa. Sua presença indica dano solar, e a lesão pode evoluir para câncer da pele.

Pessoas com pele, cabelos e olhos claros são as mais suscetíveis a desenvolver, Manifesta-se mais em homens, pois eles tendem a usar menos protetor solar do que as mulheres e trabalhar mais no sol. Hispânicos, asiáticos e outros com pele mais escura não são tão susceptíveis.

Embora seja a lesão pré-cancerígena mais comum, pouquíssimas lesões evoluem para carcinoma de células escamosas. Quanto mais lesões de ceratoses actínicas você tiver, maior é a probabilidade que uma ou mais se tornem câncer da pele. O câncer se desenvolve quando a lesão invade os tecidos mais profundos da pele.

As lesões podem apresentar diferentes aspectos, dependendo da localização. É importante examinar a pele constantemente, e se atentar a lesões anormais, que mudem de tamanho, forma, ou textura. Algumas lesões da queratose actínica têm aspecto de “lixa”, outras escamam ou formam uma crosta mais dura. Ficar atento que, se houver sangramento da lesão, pode ser indício de uma transformação maligna. 

B) Queilite Actínica

A queilite actínica é a forma de queratose actínica que se desenvolve nos lábios. Também há potencial para transformar-se em carcinoma. Geralmente, indivíduos com queilite actínica perdem o limite do vermelhão do lábio, têm uma boca mais brancacenta e seca, por vezes com sensação de ardor. A ocorrência de sangramento também pode ser indício de transformação maligna. Ocorre mais nos lábios inferiores pois estes sofrem mais com a incidência do sol. Como os efeitos da radiação UV são cumulativos, pessoas mais velhas são mais propensas. Pacientes que tiveram o sistema imunológico enfraquecido por quimioterapia, AIDS, transplantes também tem maior risco.